COP30 encerra com avanços e desafios; Brasil destaca “passos concretos” nas negociações

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) chegou ao fim neste sábado (22), e a Presidência brasileira avaliou que o encontro resultou em progressos importantes — especialmente na pauta de adaptação climática, nos instrumentos internacionais de implementação e na abertura do debate sobre a transição global para longe dos combustíveis fósseis.

Presidência da COP30 aponta limites e "passos firmes" em negociação

A  30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) terminou neste sábado (22) com a Presidência brasileira indicando avanços na agenda de adaptação, novas ferramentas internacionais de implementação climática e os caminhos para o debate sobre o fim da dependência de combustíveis fósseis.

Em entrevista coletiva após o fim das negociações, o embaixador André Corrêa do Lago, a secretária-executiva do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, a negociadora-chefe Liliam Chagas e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, detalharam os resultados.

O embaixador Corrêa do Lago lembrou que a conferência começou com forte pressão negociadora e autonomia ampliada aos codiretores. Ele lembrou que o pacote de adaptação, um dos mais complexos da COP, iniciou com mais de 100 indicadores, mas foi concluído com 59.

“Havia consenso para apenas 10% desses indicadores. Reorganizamos as métricas e vamos continuar as discussões em junho, em Bonn (na Conferência Climática, que acontece na Alemanha)”, afirmou.

Após o encerramento oficial, representantes do governo realizaram uma coletiva para apresentar o balanço político e técnico das tratativas. Participaram o embaixador André Corrêa do Lago, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, a secretária-executiva do ministério Ana Toni e a negociadora-chefe Liliam Chagas.

Segundo Corrêa do Lago, o início da conferência foi marcado por forte pressão diplomática e maior autonomia para os codiretores conduzirem os debates. Um dos pontos mais trabalhados foi o pacote de adaptação — considerado um dos mais sensíveis dentro da COP — que começou com mais de 100 indicadores propostos.

“Havia consenso inicial em apenas cerca de 10% desses indicadores. Fizemos uma reorganização das métricas e chegamos a uma conclusão parcial com 59. O trabalho continua e será retomado em junho, durante a reunião de Bonn, na Alemanha”, explicou o embaixador.