Entidades do sistema financeiro divulgam manifesto em apoio ao Banco Central após liquidação do Banco Master
- Adilson Silva

- há 13 minutos
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Associações que representam bancos e empresas de tecnologia financeira divulgaram, neste sábado (27), uma nota conjunta em defesa da atuação do Banco Central do Brasil (BC). A manifestação ocorre após a decretação da liquidação do Banco Master e em meio a questionamentos sobre as decisões adotadas pela autoridade monetária no processo de fiscalização da instituição.

Segundo integrantes do Banco Central, a autarquia passou a sofrer críticas e pressões após a medida, inclusive com a possibilidade de disputas judiciais envolvendo a condução do caso. Apesar disso, dirigentes do BC demonstram confiança nas decisões tomadas, afirmando que a análise dos dados do Banco Master apontaria indícios de irregularidades de grande proporção nos balanços da instituição.
O posicionamento público foi assinado pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC), pela Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Zetta, entidade que representa empresas do setor financeiro e de meios de pagamento. No texto, as organizações alertam que a revisão ou eventual reversão de decisões técnicas do Banco Central pode gerar instabilidade regulatória, insegurança jurídica e comprometer a previsibilidade do ambiente financeiro.
As entidades destacam ainda que, nos últimos anos, o número de instituições financeiras com problemas graves de solvência ou liquidez foi reduzido, inclusive durante períodos críticos como a crise global de 2008 e a pandemia da Covid-19. Para elas, esse cenário é resultado direto da atuação preventiva e da supervisão exercida pelo regulador.
Na avaliação das associações, o Banco Central tem o dever legal de agir para preservar a estabilidade do sistema financeiro, adotando medidas que evitem riscos de contágio e protejam o funcionamento do mercado. O documento também ressalta que a credibilidade tanto das instituições financeiras quanto dos órgãos reguladores é essencial para a confiança no sistema.
Por fim, as entidades reconhecem que o Judiciário pode analisar os aspectos legais das decisões do regulador, desde que seja respeitada a autonomia técnica do Banco Central. Segundo o manifesto, a existência de um regulador independente e tecnicamente qualificado é um dos pilares para a construção de um sistema financeiro sólido e resiliente no país.







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