Deputado Dal Barreto é alvo de nova fase da Operação Overclean e é abordado pela PF no Aeroporto de Salvador
- Adilson Silva
- há 12 minutos
- 2 min de leitura
Ação faz parte da 6ª fase da operação que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações
O deputado federal Dal Barreto (União Brasil) tornou-se alvo da 6ª fase da Operação Overclean, deflagrada nesta terça-feira (14). A operação é conduzida pela Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal (RFB), e tem como foco desarticular um esquema de corrupção e desvio de verbas públicas.

De acordo com informações apuradas, o parlamentar foi interceptado por agentes da PF no Aeroporto Internacional de Salvador, onde teve seu aparelho celular apreendido durante a ação. Ele foi conduzido à delegacia da corporação instalada no próprio aeroporto, onde permanece acompanhado de agentes federais, enquanto aguarda a chegada de seus advogados.
Investigações apontam envolvimento com organização criminosa
As apurações da PF indicam que Dal Barreto mantém ligações com um dos principais investigados de uma organização criminosa. O grupo é suspeito de fraudar licitações, desviar recursos públicos e praticar corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.
A operação, que já teve outras fases anteriores, vem ampliando o cerco contra servidores e políticos supostamente beneficiados por contratos irregulares e esquemas de favorecimento em administrações públicas.
Ações autorizadas pelo STF
Segundo comunicado da Polícia Federal, as medidas executadas nesta terça-feira foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), órgão responsável por supervisionar investigações que envolvem parlamentares com foro privilegiado.
A operação contou com o apoio técnico da CGU e da Receita Federal, instituições que forneceram dados e análises sobre movimentações financeiras suspeitas e possíveis irregularidades em contratos públicos.
Crimes investigados e possíveis penalidades
Os investigados na Operação Overclean poderão responder por uma série de crimes, entre eles:
Organização criminosa;
Corrupção ativa e passiva;
Peculato;
Fraude em licitações e contratos administrativos;
Lavagem de dinheiro.
Esses delitos, caso comprovados, podem resultar em penas que ultrapassam 20 anos de prisão, além da perda de mandato eletivo e inelegibilidade por longos períodos.
Contexto da Operação Overclean
A Operação Overclean foi iniciada com o objetivo de desmantelar um esquema complexo de corrupção envolvendo empresas contratadas por órgãos públicos. Desde sua primeira fase, a investigação já revelou irregularidades em licitações milionárias, pagamentos superfaturados e transferências de valores a contas de laranjas.
A deflagração desta 6ª fase reforça o compromisso das autoridades em aprofundar as investigações e responsabilizar todos os envolvidos, incluindo agentes públicos de alto escalão.
Comentários