Oficial preso por posse ilegal de arma é investigado por ligação com milícia no Oeste da Bahia
- Adilson Silva
- há 11 horas
- 1 min de leitura
O tenente-coronel Luiz Normanha, alvo da segunda fase da Operação Terra Justa, foi preso nesta segunda-feira (8) após a polícia encontrar uma arma sem registro durante o cumprimento de mandados de busca. A ação foi conduzida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco).

Normanha é investigado por supostamente acobertar atividades de uma milícia que atua no Oeste baiano. O grupo é acusado de promover invasões violentas contra terras de comunidades tradicionais em Correntina, favorecendo fazendeiros da região.
Segundo o MP-BA, entre 2021 e 2024, o oficial teria recebido cerca de R$ 15 mil do líder da organização criminosa, um sargento da Polícia Militar da reserva. A denúncia já havia levado o tenente-coronel a ser investigado na primeira fase da operação.
Além dele, outro integrante ligado ao ex-sargento também foi preso. No total, foram cumpridos seis mandados de busca e dois de prisão preventiva em Correntina, Santa Maria da Vitória e Salvador. Documentos, armas, munições, equipamentos eletrônicos e outros materiais foram apreendidos e encaminhados para perícia.
A Vara Criminal de Correntina recebeu a denúncia em 5 de agosto e determinou o bloqueio de bens avaliados em mais de R$ 8,4 milhões. As investigações apontam que o grupo utilizava contas de terceiros para ocultar e disfarçar a origem do dinheiro.
Entre 2014 e 2024, a conta bancária do sargento da reserva movimentou quase R$ 30 milhões, grande parte oriunda de empresas ligadas ao agronegócio.
Comentários